sexta-feira, 12 de junho de 2009

Alguns pensamentos

Desde março sem escrever por aqui... muito trabalho, na realidade estava imersa no meu maior refúgio. Quando estou trabalhando parece que esqueço de tudo que é pessoal. Basta um simples intervalo e a realidade volta com tudo.
Fiz um acordo comigo, vou tentar relocar meu tempo, dividir melhor meus horários e fazer coisas que me alegre, distraia, dê prazer... não estou conseguindo, no simples piscar de olhos estou enfiada no trabalho ou pensando sozinha na vida.
Onde será que me perdi? Tá dificil me encontrar... o que sobra desta confusão na minha vida são cobranças... cobrança comigo, cobrança com relação aos outros... cobrança, cobrança, cobrança... cobro tempo, cobro atençao, cobro carinho, amor, respeito... e sou cobrada também... queria ao menos uma vez receber sem ter que dá... TEMPO, ATENÇÃO, CARINHO, AMOR, RESPEITO, quem será que tem para dar????
Em Busca do Porrão
O Rappa
Composição: O Rappa

A busca do porrão não é de paz ou de abraço
De grade, de foice amarelada, não é de cagaço,
Não tem cor, não tem caô
Nem promessa, nem fita, nem missa
A busca do porrão não é missão
É uma sina
A busca do porrão não faz barulho
E não cobra dívida

A busca do porrão é intenção
Abraço consternado do pai
No filho pródigo perdoado e a presente felicidade
Que não começa e nem termina no espaço da paz
A fruição do som, do espaço vazio
O amor que não dá pitaco, que não dá pio
A busca do porrão não tem fim,
Não tem fim nem finalidade
Onde é necessária não tem, não tem cidade

A busca do porrão é a beleza,
Nunca perdida da cidade,
Pra além do silêncio do gozo da mulher
Difícil da cidade
Do patrão encaixe neura do torturado
Pralém do trem, do ônibus, do pé inchado
Do patrão encaixe-neura do torturado
Folheado, café-milho misturado
A busca do porrão vai além, além do macacão,
Abraço evangélico, evangélico no tição
Onde ninguém se perde nos dramáticos sete
Não tem traíra, não tem canivete
Sem traíra, sem canivete, sem traíra e canivete
O legal encontra o razoável,
Encaixe do neura, do torturado
O legal encontra o razoável,
Folheado, café-milho misturado
Além do papo mudo repetido
Além da compreensão,
Além do cabelo reco sem discriminação
O porrão não se respira,
Não se vende, não se aplica
O porrão não se respira,
O porrão é pura pica
A busca do porrão não tem fim e não faz barulho

http://www.youtube.com/watch?v=J9JYLRfsS8k&feature=PlayList&p=028C87B9874E8E5A&playnext=1&playnext_from=PL&index=1

Esta música do Rappa, fala comigo de uma forma extraordinária, acho ela incrivel, pelo título parece ser pornográfica (Em busca do Porrão) kkkkk, o que quer dizer isso, senão Em busca do prazer, dos sonhos, da realização, da felicidade... é uma letra linda... "A busca do porrão não tem fim, nem finalidade... é o amor que não dá pitaco, nem dá pio... A busca do porrão não tem fim e não faz barulho..."
Cara, que lindo isso, a busca dos sonhos, da felicidade não tem fim e finalidade, não faz barulho, Tem noçao???? Louca esta música...
Hoje pensando em trabalho, sonho, felicidade... lembrei da música do Rappa e de um trecho do filme romântico mais lindo que assisti (exagero, gostei do filme Romance - Nacional), no filme um personagem pergunta para protagonista:
- Porque está trabalhando tanto, Lizzie?
- Porque quero comprar um carro?
- Para onde você vai?
- Bem, eu não tenho um destino especifico em mente, mas... vou continuar em frente até não sobrar mais lugar nenhum...
Será que ela estava em Busca do Porrão? Sim, a busca de Lizzie é muito parecida com a busca de milhares de pessoas. Lizzie buscava se encontrar e.... eu assisti o filme, quem quiser saber mais assista...
Veja um trecho: